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Poderoso chefão

- A idéia original da Paramount era filmar O Poderoso Chefão como um filme de gângsters com baixo orçamento e situado no presente (isto é, na década de 70). No entanto, a produção acabou se tornando uma saga de época, situada nos anos 40 e 50.

- O papel de Michael Corleone foi oferecido a, pelo menos, cinco atores de renome antes de Al Pacino ser escolhido: Warren Beatty, Jack Nicholson, Dustin Hoffman, Robert Redford e Ryan O’Neal. Todos recusaram. Em seguida, Coppola testou Robert De Niro no papel, mas não gostou do resultado. Finalmente, Pacino foi chamado e ficou com o personagem.

- Porém, antes de ser contratado, Al Pacnio estava comprometido com outro filme, A Última Batalha de um Jogador (1973). Coppola usou toda sua lábia para conseguir liberar Pacino das gravações desse projeto. O ator, então, foi substituído por Robert De Niro, que teve que desistir de um pequeno papel em O Poderoso Chefão: ele iria interpretar Paulie Gatto (que acabou sendo vivido por John Martino). Em compensação, De Niro foi beneficiado mais tarde, sendo escalado para viver o jovem Don Vito Corleone em O Poderoso Chefão – Parte II.

- Ainda a respeito de Michael Corleone, reza a lenda que Burt Reynolds (Boogie Nights – Prazer Sem Limites) chegou a ser escalado originalmente para o papel, mas foi dispensado depois que Marlon Brando se recusou a contracenar com ele por considerá-lo um mero “ator de TV”.

- O papel de Don Vito Corleone também passou pelas mãos de outros atores antes de chegar a Marlon Brando: Laurence Olivier (Fúria de Titãs) e Edward G. Robinson (Os Dez Mandamentos) chegaram a ser considerados pelos produtores.

- Para o papel de John Fontane, foram testados Frankie Avalon (Álamo) e Vic Damone (Do Inferno para a Eternidade) antes de Al Martino ser escalado. Frank Sinatra também foi considerado pelos produtores, mas suas semelhanças com Martino garantiram a este o papel.

- Francis Ford Coppola não foi a opção inicial da Paramount para a direção de O Poderoso Chefão. Sergio Leone chegou a ser convidado pelos produtores para comandar a saga dos Corleone, mas o cineasta recusou a oferta e preferiu dirigir seu próprio filme de gângsters, Era Uma Vez na América (mais tarde, Leone revelou em uma entrevista que se arrepende de ter tomado aquela decisão). Outro diretor cogitado antes de Coppola foi Peter Bogdanovich (A Última Sessão de Cinema), que também recusou a proposta da Paramount.

- Uma decisão tomada em conjunto pelo autor Mario Puzo e o diretor Francis Ford Coppola foi a não utilização da palavra “máfia” no roteiro.

- A cena em que Vito Corleone alerta a Michael sobre a tentativa de assassinato que seria armada para ele foi escrita pelo roteirista Robert Towne (Missão: Impossível, Chinatown).

- Quando fez a audição para o papel de Don Vito Corleone, Marlon Brando colocou pedaços de algodão dentro das bochechas, pois queria que o personagem parecesse um bulldog. Já nas filmagens, foi providenciada uma prótese dentária para o ator. A prótese usada por Brando está em exposição no Museu Americano da Imagem em Movimento, em Nova York.

- Al Pacino também usou uma prótese dentária, só que para manter sua mandíbula desalinhada. O efeito foi obtido para que seu maxilar parecesse ter sido quebrado pelo Capitão McCluskey (Sterling Hayden) e não foi recolocado no lugar.

- A cabeça de cavalo vista no filme é real. No entanto, uma cabeça falsa foi utilizada durantes os ensaios da cena. Aliás, a cabeça de verdade foi conseguida em uma fábrica de comida canina.

- A cena em que Don Vito Corleone morre na plantação de tomates foi totalmente improvisada por Marlon Brando.

- Lenny Montana, que interpreta Luca Brasi, ficou tão nervoso por trabalhar com Marlon Brando que, na primeira cena que gravaram juntos, ele errou algumas falas. Coppola gostou do nervosismo genuíno do ator e usou a cena na versão final do fime. As tomadas que mostram Brasi praticando seu discurso foram adicionadas mais tarde.

- O gato que Marlon Brando segura na cena inicial foi encontado pelo ator no galpão da Paramount. Originalmente, o animal não estava no roteiro. Mas o bichano ficou tão contente que seu ronronar acabou interferindo em algumas falas de Brando. As frases tiveram que ser regravadas depois.

- Em uma das primeiras tomadas da seqüência em que Don Vito Corleone volta para casa e seu pessoal o carrega pelos degraus, Marlon Brando fez uma travessura: ele se deitou sobre alguns pesos na cama para que ficasse mais difícil levantá-lo.

- Apesar de ser um excepcional ator, Marlon Brando tinha um problema: não conseguia memorizar a maioria de suas falas. A solução encontrada por Coppola foi utilizar cartazes para que o ator lesse as falas durante as filmagens.

- Quando Don Vito Corleone compra laranjas antes da tentativa de assassinato, podemos ver um cartaz na janela da loja anunciando uma luta de boxe com Jake LaMotta. Em 1980, Robert De Niro (que em O Poderoso Chefão – Parte II viveu Don Corleone na juventude) interpretou o próprio LaMotta em Touro Indomável, de Martin Scorsese.

- Aliás, a presença de laranjas em alguma cena de qualquer um dos três filmes da série indica que uma morte, ou algo próximo disso, vai acontecer brevemente.

- Na cena em que Sonny bate em Carlo, o ator Frank Sivero aparece como um figurante. Em O Poderoso Chefão – Parte II, ele também é visto, mas no papel de Genco. Sivero ainda participaria de outro filme de gângsters, Os Bons Companheiros (1990), no papel de Frankie Carbone.

- O nome do tradicional chapéu siciliano usado pelos guarda-costas de Michael Corleone é “coppola”.

- Michael Corleone não aparece usando chapéu em nenhum momento antes de se envolver com os negócios da família (com exceção do chapéu que faz parte do uniforme da Marinha).

- Na cerimônia de batismo, a sobrinha de Michael Corleone é Sofia Coppola, filha do diretor Francis Ford Coppola.

- A cena do batismo, aliás, foi intercalada com a seqüência dos assassinatos graças a uma sugestão do editor Peter Zinner.

- A cena em que Sonny Corleone é assassinado foi filmada uma única vez. Por causa disto, foram colocados 147 fogos de artifício no corpo de James Caan para simular sua morte. O ator disse uma vez que não teria feito a cena se não houvesse mulheres presentes no set.

- O quarto onde Don Vito Corleone negocia o fim da guerra entre as cinco famílias era, na verdade, a sala da diretoria da Central Ferroviária de Nova York – o que explica a presença de um mural com um trem, ao fundo, atrás da cabeça de Barzini (Richard Conte).

- Nino Rota chegou a ser indicado ao Oscar pela trilha sonora de O Poderoso Chefão, mas sua indicação foi invalidada quando a Academia descobriu que o compositor havia retrabalhando partes da trilha que escreveu para a comédia italiana Fortunella (1957).

- Quando o filme foi exibido pela primeira vez aos executivos da Paramount, eles acharam que a fotografia estava muito escura e ordenaram que fosse corrigida. Mal sabiam eles que o tom escuro foi propositalmente obtido pelo diretor de fotografia Gordon Willis. Naturalmente, tanto ele quanto Coppola se recusaram a modificar o resultado.

- Para fazer a voz de Don Vito Corleone, Marlon Brando se baseou no gângster Frank Costello. Brando havia visto o criminoso na TV uma vez e decidiu imitar o tom rouco de sua voz para criar seu personagem.

- A cidade de Corleone, na Sicília, era muito desenvolvida para os padrões dos anos 70. Em função disso, os produtores decidiram usar a cidade de Savoca para rodar as cenas em que Michael se exila na Itália

- Marlon Brando, que ganhou o Oscar por sua interpretação como Don Vito Corleone, se recusou a receber sua estatueta em protesto à discriminação feita pelo governo e por Hollywood aos índios americanos. Além de não comparecer à cerimônia de premiação, Brando enviou em seu lugar uma atriz que se fez passar por uma índia americana, de nome Sacheen Littlefeather.

- Durante a cena em que Johnny (James Caan) e Carlo (Gianni Russo) brigam, Caan realmente quebrou algumas costelas de Russo.

- A presença de laranjas nos três filmes da série O Poderoso Chefão sempre indicava que alguém ia morrer ou que iria ocorrer algum atentado.

- Seguido por O Poderoso Chefão 2 (1974) e O Poderoso Chefão 3 (1990).

- Ganhou 3 Oscars: Melhor Filme, Melhor Roteiro Adaptado e Melhor Ator (Marlon Brando). Recebeu ainda outras 8 indicações: Melhor Ator Coadjuvante (Al Pacino, James Caan e Robert Duvall), Melhor Som, Melhor Diretor, Melhor Trilha Sonora, Melhor Montagem e Melhor Figurino).

- Ganhou 5 Globos de Ouro: Melhor Filme - Drama, Melhor Diretor, Melhor Ator em Drama (Marlon Brando), Melhor Trilha Sonora e Melhor Roteiro. Recebeu ainda outras duas indicações: Melhor Ator em Drama (Al Pacino) e Melhor Ator Coadjuvante (James Caan).

- Ganhou o Grammy de melhor trilha sonora composta para o cinema. 


Fonte:LostBrasil

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